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Equipe de Formação para a Educação Infantil - SEDF/EAPE
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REGISTROS REFLEXIVOS DO CURSO
EDUCAÇÃO INFANTIL: REPENSANDO SABERES E PRÁTICAS
Primeiro Semestre de 2014
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Polo
Brazlândia
Docente:
Simão de Miranda
Curso: Educação Infantil: Repensando Saberes e Práticas
Aluna: Anelise Evelin de Sousa Rodrigues
Abril de 2014
PRIMEIRO REGISTRO REFLEXIVO
O texto “PROFESSOR DA
PRÉ-ESCOLA - POR ONDE DEVO IR-ME DAQUI?” relata o histórico da Educação Infantil.
Em relação a isso, acredito que inicialmente a Educação Infantil foi criada com
o objetivo de se ter um espaço unicamente para a guarda e o cuidado da criança,
sem preocupar-se com o valor pedagógico. Isso se evidencia na Revolução
Industrial, no qual com o avanço da indústria e a necessidade de se criar
mão-de-obra, as mulheres que antes cuidavam apenas dos serviços domésticos,
passaram a trabalhar fora de casa e necessitavam de um lugar para deixar as
crianças. As creches não ofereciam boas condições para atendimento às crianças
e não possuíam um caráter pedagógico.
Esse breve histórico
torna-se necessário tendo em vista que a Educação Infantil evoluiu bastante
desde a época da Revolução Indústria, porém ainda nos dias atuais ela é vista
por muitos como sendo somente um lugar para deixar os filhos, quando na
realidade é uma oportunidade que a criança possui de ter os seus direitos
garantidos bem como de desenvolver-se plenamente sendo respeitada em sua
singularidade. A criança é um ser pensante e deve ser estimulada de diferentes
formas para que o seu desenvolvimento seja integral.
Diante disso, ressalte-se a
importância do papel das escolas e creches que são responsáveis por oferecer
uma educação de qualidade bem como garantir o desenvolvimento global da criança
em todos os aspectos: social, cultural, cognitivo e afetivo. A Educação
Infantil tem que ser respeitada e vista como uma importante etapa na vida da
criança.
Acredito que a família
precisa conhecer melhor esta etapa da Educação Básica, pois o que entendo é que
eles percebem a educação infantil da maneira como ela foi concebida um dia: lugar
de guardar os filhos. A educação infantil é a etapa mais importante no
desenvolvimento da criança, onde muitos traumas e alegrias são recordados para sempre.
Por isso, como docentes precisamos ter muito cuidado com o que fazemos em sala
de aula.
O texto “UMA CRÍTICA ÀS TEORIAS CLÁSSICAS DA
APRENDIZAGEM E À SUA EXPRESSÃO NO CAMPO EDUCATIVO” elenca dentre outros
a aliança entre a psicologia e a pedagogia que devem trabalhar em conjunto. Também,
como os antagonismos entre as teorias. Concordo plenamente com isso, pois
quando as dificuldades das crianças são observadas pelo professor em sala de
aula, ele precisa do auxílio de um profissional competente para determinadas
questões. Observo que quando a criança é atendida por uma equipe
multidisciplinar, as dificuldades apresentadas são superadas.
Também,
o texto faz uma crítica às teorias de aprendizagem, que são muitas e cada uma
tem a sua especificidade. Considero que as teorias são importantes na educação
para se ter uma boa ação pedagógica. Mais uma vez, percebe-se a contribuição da
psicologia na educação.
Diante o exposto, acredito
que no processo de ensino e aprendizagem devemos utilizar diferentes teorias,
pois cada uma contribui de maneira significativa bem como usar metodologias e
recursos diferenciados com o objetivo da criança aprender. Tudo o que faz para
isso, considero válido tendo em vista que existem diferentes aprendizagens, ou
seja, têm crianças que aprendem mais facilmente pelo visual, outras pela
audição e assim por diante. Por isso, considero importante o professor ter
conhecimento sobre as teorias do desenvolvimento da criança para que possa
compreendê-la melhor e com isso trabalhar em acordo com estas necessidades.
A teoria utilizada deve ser
aquela que melhor atende as necessidades e particularidades da criança. Uma que
acredito que abrange melhor a questão educacional é a Histórico-cultural, pois
percebe a aprendizagem da criança em todos os seus aspectos. Também, por
considerar que a criança aprende com o meio em que vive, com a sua interação
com o mundo. Percebe-se isso nas crianças que observa e imita muitas atitudes
dos adultos.
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Polo
Brazlândia
Curso Educação Infantil: Repensando saberes e práticas
Professor: Simão de Miranda
Aluna: Gabriella Nascimento
Abril de 2014
Primeiro registro reflexivo
A visão de infância vem se alterando
muito ao longo do tempo, sendo que nem sempre existiu sequer um conceito de
infância. Na sociedade medieval não se distinguia crianças de adultos, não
havia uma particularidade infantil. Havia cuidados para com a criança ainda
dependente dos adultos, mas o individuo só passava a ser considerado dentro da
sociedade a partir do momento em que podia realizar as mesmas atividades que um
adulto. A criança era "substituível" e havia um grande índice de
mortalidade infantil.
Com o passar dos anos a escola começa
a ocupar o espaço da aprendizagem como meio de educação. A educação é visto
como meio de correção, como forma de limpar a criança dos "estigmas do
pecado". Começa o processo de escolarização.
No século XVIII a criança passa a ser
tratada como um ser primitivo, sem caráter ou razão, ao qual o adulto precisa
moldar para torna-lo sujeito. Entra a visão da criança como uma folha em branco
a qual o adulto, por meio da educação, deve preencher com seu conhecimento e
costumes.
Já no século XIX, com a revolução
francesa e o surgimento da classe burguesa, a educação passa a ser percebida
como forma de manutenção e de ascensão social e se foca na preparação para
funções de adultos. O ensino é diferenciado para cada classe social.
Com a revolução industrial e,
consequentemente, a maior participação de mulheres no mercado de trabalho e nas
fabricas, a sociedade fica com a responsabilidade de cuidar das crianças
enquanto as mães estão trabalhando. Surgem, assim, as pré-escolas. Por serem
destinadas ás crianças de classes econômicas mais baixas, as escolas assumem um
cunho assistencialista e compensatório, visando sanar carências alimentares e
culturais.
O texto da Fundação Roberto Marinho,
que nos dá uma perspectiva histórica da educação formal, não cita, porem, que a
visão de infância que vinha surgindo é "desconsiderada", visto que
muitas crianças se tornam empregadas nas fábricas, em condições sub-humanas,
por serem uma mão de obra mais barata.
A partir do inicio do século XX a
educação passa a ter mais forte influência de teorias psicanalíticas e
psicológicas. A psicologia passa a estudar os processos de aprendizagem e a
pedagogia a utilizar tais estudos em sua pratica e construção teórica. Assim
sendo, as duas áreas de conhecimento se "interpenetram". Começa-se a
perceber a importância da infância e dos primeiros anos de ensino no desempenho
posterior da criança. O ensinar e aprender, e não apenas o cuidar, é
compreendido como importante desde a pré-escola.
Vários são os teóricos que se dedicam
a estudar e responder ás questões que surgem sobre os processos de aprendizagem
e, entre as teorias surgidas, pode-se destacar dois grupos: os que tinham uma
visão que a aprendizagem acontecia através do estimulo-resposta (portanto através
de processos mais biológicos, condicionados e de visão retrospectiva) e os que
defendiam a formação de estruturas cognitivas (de visão prospectiva).
Apesar de vários estudos, na área da
pedagogia e da psicologia, os textos apontam pouca mudança na educação formal,
na visão de infância e no tratamento com as crianças. O texto da Fundação
Roberto Marinho chega a colocar que "as crianças são vistas como
animaizinhos silvestres a quem os adultos devem alimentar, dar carinho e
afeto". Não concordo totalmente com o autor, visto que hoje em dia, ao
menos no ambiente escolar, a criança já é considerada como um ser social, que
possui um histórico e uma bagagem cultural, social e emocional, é sujeito que
contribui com suas ideias e atitudes. Os tratamentos e palavras infantilizadas
dirigidas a elas pelos adultos são, a meu ver, uma busca pela identificação da
criança com o adulto, uma tentativa de tornar ambientes potencialmente hostis,
como são as escolas, em lugares agradáveis e interessantes ao universo
imaginário infantil.
Há uma contradição nos textos que
defendem uma mudança na visão e no foco da educação escolar. Ambos os textos
lidos utilizam o termo "aprendizagem", mas nenhum deles cita uma
autentica construção do conhecimento, mostrando então ser ainda muito forte a
ideia do professor como fonte detentora do saber e a criança como "bloco
de argila a ser moldado". O texto de TUNES, TACCA & MARTINEZ ainda
esboça uma preocupação nessa desconstrução de sistema ao colocar que a educação
deve buscar "um processo em que professor e aluno implicam-se como
sujeitos e que promove, a cada momento, novos motivos na interação, ampliando-a
e conferindo-lhe valor para a aprendizagem e o desenvolvimento do
estudante", mas mostra a dificuldade do educador em alcançar esse objetivo
ao citar a fala de um então futuro docente que diz que "é necessário um educador
que passe (transmita) conhecimentos com autonomia e dedicação e que haja
discípulos que queiram ser moldados".
A leitura de textos como esses nos
faz repensar a maneira como enxergamos nossas crianças, a maneira como lidamos
com elas em sala de aula. Estamos agindo como educadores que as consideram
atores de sua própria educação ou apenas nos enganando atrás de conceitos e
ideias que não conseguimos colocar verdadeiramente em prática? Estamos
repassando ou construindo conhecimentos?
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Polo
Brazlândia
“EDUCAÇÃO
INFANTIL: REPENSANDO SABERES E PRÁTICAS”
REGISTRO
REFLEXIVO BASEADO NOS TEMAS:
HISTÓRIA DA INFÂNCIA E DA EDUCAÇÃO
INFANTIL;
PROCESSOS
DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO NA INFÂNCIA
CURSISTA: LUANA FERNANDES MENDES
PROFESSOR: SIMÃO DE MIRANDA
Os
artigos da constituição brasileira asseguram a “educação como um direito de
todos e dever do Estado e da família”. Para entender como a educação tornou-se
um direito de todos, é necessário entender primeiramente o contexto histórico
em que ela está embasada, e o ponto de partida que o texto apresenta é a
sociedade medieval.
Segundo
Philippe Aries, a concepção de infância na sociedade medieval não correspondia
à consciência da particularidade infantil, e assim que a criança tinha
condições de viver sem a solicitude da mãe ou de sua ama, ela ingressava na
sociedade dos adultos, isto é, a criança era considerada um adulto em miniatura.
A
partir do século XVII a criança deixou de ser misturada aos adultos, e antes de
atingir a vida adulta era enclausurada nos colégios. Essa concepção se estendeu
por muito tempo.
A
criança foi vista, por muito tempo, como um ser irracional, sem opinião
própria, como páginas em branco, e as escolas assumiram o papel de prepará-las
para a vida e o trabalho.
Depois
da revolução francesa, o ensino era divido em duas partes: um ensino mais longo
e aprofundado para os filhos dos burgueses, e um ensino mais básico para os
filhos dos trabalhadores.
Com
o crescimento das cidades, aumentou a necessidade de mão de obra, e muitas
mulheres passaram a trabalhar nas indústrias. As instituições destinadas à
guarda dos filhos dessas mulheres, que trabalhavam fora, deram origem à
pré-escola que conhecemos atualmente.
A
partir do século XX, segundo Sônia Kramer, com o avanço das teorias ligadas à
psicologia do desenvolvimento e a influência das teorias psicanalísticas, os
professores se voltavam para as necessidades afetivas da criança, e para o
papel que eles deveriam assumir. Autores como Freud, Piaget, Vygotsky, Wallon,
entre outros, contribuíram para a compreensão de aspectos do pensamento da
criança e de sua aprendizagem, mas nem sempre esses autores foram bem
compreendidos para a formulação de métodos de ensino.
Atualmente
ainda existe uma concepção de infância relacionada somente à inocência, à
fraqueza e a fragilidade da criança, e isso faz com que o adulto veja a criança
como um ser que precisa ser construído e moldado, de acordo com suas intenções.
Essa concepção é chamada de educação compensatória, muito presente em diversas
escolas públicas e privadas do Brasil.
Ao
longo do século XX, a educação obteve contribuições de diversas áreas,
principalmente da psicologia, que vem se dedicando a compreender como o
indivíduo aprende. Dentro da psicologia surgiram teorias, como a teoria do
estímulo-resposta, chamada Behaviorismo, e as teorias cognitivas, que
influenciaram muito a educação.
A
grande questão levantada pelo texto é se todas as aprendizagens são iguais, ou
se a aprendizagem é um fenômeno diverso. A aprendizagem escolar é um processo
de natureza social, complexa, e se expressa de várias maneiras, e o conceito de
zona de desenvolvimento proximal de Vygotsky, mostra que a aprendizagem humana
é social, e está sempre à frente do desenvolvimento.
Embora
exista a diversidade das formas de aprender, a educação escolar ainda precisa
incorporá-la de fato, e pelo que os textos apontam, a educação escolar precisa
caminhar muito para entender essa diversas formas de aprendizagem.
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Polo
Brazlândia
Docente:
Simão de Miranad
Curso: Educação Infantil:
Repensando Saberes e Práticas
Aluna: Eneide Madalena
Rodrigues Bittencourt
Data: 10/04/2014
Registro reflexivo nº 1
(...) a escola continua arraigada a
modos de compreensão do aprender e, especularmente do ensinar, que negam a
diversidade das formas de aprender, seja pela singularidade da pessoa que
aprende, seja pela peculiaridade do contexto social em que a aprendizagem
ocorre (...)
Considerando o que foi mencionado
acima, entendo que apesar das mudanças na educação escolar quanto as formas de aprender não terem sido
tão significativas, estamos caminhando para que isso aconteça dentro da escola.
Hoje já sabemos que a criança pode
aprender de várias formas, que existem várias formas de aprender e ensinar, mas
não existe uma só que abarque todos os tipos de saberes e contemple todos os
nossos alunos, pois cada ser é único.
Há uma diversidade das formas de
aprendizagem humana que acontecem dentro da escola e estamos sempre em processo
de construção de conhecimentos sendo a escola para nós, alunos e professores um
grande laboratório. Somos elementos ativos e transformadores do nosso próprio
desenvolvimento.
Sabemos também que o contexto
sócio-histórico-cultural no qual a criança vive desempenha papel primordial nos
seus processos de construção de aprendizagem desde pequenas, e entrar nesse
contexto facilita muito a aprendizagem. É conhecer a realidade de cada um para
colocar em prática o ensinar.
Já conseguimos analisar o que a
criança já sabe, suas habilidades,
linguagens, e partir desse ponto, com o olhar voltado para o que vai acontecer
daí para frente e fazer as devidas intervenções. Não podemos subestimar e
ignorar esses conhecimentos que fazem parte da realidade de cada uma delas,
fazendo com que nossa prática propicie aprendizagens significativas, criativas,
que façam sentido, entrando no mundo de fantasias, faz-de-conta e imaginação
próprio das crianças.
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EDUCAÇÃO
INFANTIL: REPENSANDO SABERES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
POLO
BRAZLÂNDIA
DOCENTE:
SIMÃO DE MIRANDA
REGISTRO
REFLEXIVO I
Raquel
Pinheiro de Almeida
O texto “O professor
da pré-escola: por onde devo ir-me daqui? explicita fatos históricos
referentes à educação. Inicia-se salientando que, na Idade Média, o sentimento
de infância não existia. Os mais velhos não conseguiam distinguir a criança do
adulto. Sendo assim, os pequenos não eram compreendidos em sua particularidade.
Percebe-se isso em muitas obras de arte, em que pintores representavam as
crianças com vestes e expressões faciais de adulto.
O autor retrata a questão da mortalidade infantil até o
século XVII, com índices alarmantes devido às condições precárias de vida das
pessoas. Naquela época, a educação era calcada em princípios religiosos.
Pensava-se que a criança era um ser primitivo e irracional. Era necessário
moldá-la e educá-la para desenvolver o caráter e a razão.
Após o período da Idade Média, as famílias começaram a sair
do campo para se instalarem nas cidades. O sistema político baseado na
aristocracia foi eliminado para atender aos interesses de uma nova classe
social que surgia: a burguesia. Como conseqüência, a educação dada aos filhos
mais abastados era diferenciada e mais aprofundada; enquanto os filhos dos
trabalhadores recebiam apenas conhecimentos básicos para servirem de mão de
obra braçal.
Quando é retratada a época da Revolução Industrial, acredito
que o autor foi tendencioso ao afirmar que a sociedade logo encontrou meios e
formas de atender às crianças das famílias que iam para a cidade. É claro que
isso não acontecia, ou pelo menos não plenamente. Como sabemos, as famílias
pobres viviam em condições desumanas e miseráveis. Nesse sentido, todos os
integrantes das famílias trabalhavam nas indústrias para garantir o sustento.
As condições eram insalubres, e crianças e mulheres ganhavam pouquíssimo e
trabalhavam acima de 12 horas. Portanto, é inadmissível afirmar que todas as
crianças permaneciam em creches e instituições assistencialistas.
O texto aborda a questão da pré-escola e seu papel
assistencialista. O seu objetivo central era atender às crianças carentes, que
viviam em estado de privações e condições sócio-culturais inadequadas ao seu
desenvolvimento. A creche surgiu para atendê-las em suas necessidades, mas não
tinha-se a concepção de ensiná-los integrando duas coisas indissociáveis:
cuidar e educar.
Com o surgimento de novos estudos sobre o desenvolvimento
infantil, a função das creches e pré-escolas modificaram-se, atribuindo a essas
instituições sentidos mais amplos do que o compensatório. Os pesquisadores
chegaram a conclusão de que essa fase é de suma importância para o
desenvolvimento posterior da criança, garantindo-a mais oportunidades de
avanços em sua aprendizagem. No Brasil, as discussões em torno de uma Educação
Infantil não se limitam a garantia dos cuidados básicos de cunho meramente
assistencialista. As crianças estão na escola e precisam aprender as diversas áreas
do conhecimento imprescindíveis para construção dos desenvolvimentos cognitivo,
afetivo, físico e social. Os professores devem garantir aos pequenos,
intervenções pedagógicas desafiadoras e que possibilitem avanços em todos os
aspectos da formação humana.
Um
aspecto que não gostei foram as comparações grotescas que o autor retrata ao
falar do tratamento que os adultos dão as crianças. Achei um pouco agressivo
quando ele disse que as pessoas as tratavam como se fossem animalzinhos
selvagens, macaquinhos impudicos. Pelo menos, os termos utilizados foram
irônicos. Até hoje as escolas destinadas à educação de crianças pequenas têm
nomes “infantilizados”, mas acredito que são usados como reconhecimento de um
ser tão incrível e amável feito as crianças, não sendo esses nomes uma maneira
de subestimá-las mas de expressar docilidade e carinho as mesmas.
Já
o texto “Uma crítica às teorias clássicas da aprendizagem e à sua expressão no
campo educativo” expõe a interpenetração entre as áreas da psicologia e
educação. Nesse sentido, percebe-se que as teorias e visões da psicologia
possibilitaram novas interpretações no campo educacional. O texto afirma que
existem diversas teorias da aprendizagem, com dimensões antagônicas. Entre
elas, podemos citar as teorias do estímulo- resposta e cognitiva.
A
idéia central do texto refere-se que a aprendizagem tem um caráter
simultaneamente social e individual. Dessa forma, precisamos repensar teorias
reducionistas a respeito da aprendizagem que desconsideram o fenômeno cultural
e histórico, compreendendo a aprendizagem numa perspectiva ampla e dinâmica, o
que não daria para ser incorporado a apenas uma teoria da aprendizagem.
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POLO
BRAZLÂNDIA
EDUCAÇÃO
INFANTIL: REPENSANDO SABERES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
DOCENTE:
SIMÃO DE MIRANDA
REGISTRO
REFLEXIVO I
MICHELLE
KEMILLY ALVES FERREIRA
BRASÍLIA,
2014
Os textos lidos proporcionaram
reflexões a cerca da pratica pedagógica e das concepções de como ensinar e
aprender. No texto Professor da pré- escola por onde devo ir-me daqui? Leva-nos
a pensar sobre o que estamos fazendo para realmente despertar o interesse,
aguçar a curiosidade, como tornar as crianças pesquisadores e construtores do
saber?
É notório o avanço da Educação
Infantil no Brasil, porém ainda esta muito a quem do ideal, infelizmente esta etapa da educação ainda não é vista com
o real valor e importância. Em pleno século XXI ainda estamos preocupados com
Escolas que possam receber as crianças em tempo integral enquanto as famílias
trabalham, no entanto o pensamento deveria ser de manter as crianças na
instituição para oportunizar o desenvolvimento das diversas habilidades que
estas crianças vivenciassem experiências enriquecedoras e fundamentais para o
seu desenvolvimento pessoal e social. Voltamos de forma mascarada ao cabide de
crianças.
Destaco as palavras do autor: “O
educador continua limitado no que diz respeito a esta questão”... A verdade é
que a profissão de educador na nossa sociedade não atingiu ainda o status...
Esta afirmação infelizmente
demonstra a desvalorização do professor diante da sociedade e da sua auto
desvalorização. Enquanto o profissional não defender a sua importância na
sociedade ele não terá o merecido reconhecimento e esta defesa só pode ser
feita com o preparo profissional, com concepções formadas e embasadas.
Processos de aprendizagem e
desenvolvimento da educação na infância
Diante do texto lido pode-se resumir
que não existe uma verdade de como se ensina e como se aprende. Não há uma
receita a ser seguida, pois o ato de ensinar e aprender esta cercado de
especificidades até mesmo em suas definições.
O que pode-se perceber é que para o
sucesso destes processos vários fatores devem ser levados em conta como a
pesquisa realizada e o texto destacaram
bem como a importância da psicologia no processo de aprendizagem, que
ela funde-se com a pedagogia, porém vale ressaltar o despreparo que os
profissionais enfrentam, a formação acadêmica não proporciona analisar e
compreender que as concepções e posturas adotadas pelo profissional estão
ligadas a uma teoria da aprendizagem.
O histórico presente no texto nos
leva a refletir sobre o avanço da educação infantil de como ocorria este
processo de ensino e aprendizagem, porem é um avanço que ocorre lentamente e
que não acompanhou a evolução da sociedade.
O texto destaca a importância de se
partir do conhecimento prévio do sujeito os processos de vivencia e ações,
atualmente nossos alunos chegam na instituição com uma bagagem grandiosa de
conhecimento, porém os educadores esquecem disto e insistem em adaptar as
crianças enquanto a adaptação deveria vir do professor diante das expectativas
e conhecimentos trazidos.
***
Muito bom, meninas!
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